Ano que vem, ano que vai. 

O tempo não pára. 

Novamente é fim do mês, do ano!

Dos planos e dos nossos projetos que não se realizarão.

Deixa para amanhã! Dizem os acomodados. 

Deixa para depois! Os apressados.

Deixa para o ano que vem! 

Deixa de lado!

Deixa! O ano já se vai mesmo, que mal há! Deixe, deixe para lá.

Deixa porque esse ano se vai, e com ele todo meu suor. 

Minhas lágrimas ficam nele, para o próximo ano será tudo melhor! 

Mas essa conversa meu coração sabe de cor. 

Já entendeu que deixar para depois, para você é remédio.

E para mim? É difícil ser assim! 

E se um novo ano não significasse nada? 

Não precisa dizer o mesmo discurso se na sua mente ele não passa de fachada!

Um novo ano, um novo plano, um novo alguém.

Que esse ano carregue o pesado. 

Que o próximo seja leve, mas somente se for capaz de mudar.

Pois os anos vem, vão, é constante o seu passar.

Mas quem eu sou, minhas melhoras, dores, derrotas

Não é um ano novo que irá ditar.

         As estações 

Não quero ver nada sem você.

Cada paisagem me faz querer te ter.

Há um lago, animais e um casal apaixonado do meu lado.

Há também uma ponte, como que interpretasse o que nos separa. 

Há entre a ponte um vai e vem, um tempo que não para! 

Que nem vai parar.

Há uma paisagem, uma vontade também.

Eu sou o seu amor? Não sei bem. 

Queria ser! Queria estar.

Há folhas caídas no chão de outono, há tanto a falar! 

O vento, o frio, e o momento, aprecio!

O casal se olha e eu só sei pensar.

Penso, vejo, sinto. 

Senta-se ao pé de mim um menino, tem os teus olhos e o teu sorriso. Será o futuro?

A paisagem é um rito. 

Rito esse de passagem nessa viagem que é a vida.

Se o meu futuro é com você, me ensina!

 A paisagem não se vai, tal como a minha vontade.

O meu amor é um tudo ou nunca mais.

Quero mais que um verão, quero tudo que há em cada estação, o teu sim e o não.

Nosso futuro é outono, nosso presente esperamos que não seja solidão.

Há paisagem, beleza e vida em cada estação.