quarta-feira, 31 de agosto de 2016

                                  A chuva

        Essa noite a chuva me castigou com lembranças.

      Não sessou, e consequentemente me fez pensar você.

    Como não lembrar!? 

     Se meu medo de chuva não fosse tão grande eu te diria
   
   Mentalmente que já nem lembrava como eram as noites em que me protegia.
   
  Quem tem medo de chuva, né!
   
  Eu tenho. E agora, não tenho você.

   Mas o que aconteceu essa noite foi uma covardia.

 Não podia sequer controlar, e ao cair no sono, sonhei, acordei inquieta, e voltei a sonhar.

 Era para ser um dia especial, mas a chuva molhou o papel que estava escrito a nossa história.

 Não durmo mais, penso em ti, mas não quero! 

Uma luta começa.

 Meu eu contra o que sobrou de você, mas acho que venci.

 Que chuva chata!

 Era isso que eu pensava, não precisava ser assim, mas não passou, aumentou!

  Quero te dizer que isso dói! Mesmo que não veja, ou que suas noites ainda sejam as mesmas.

 Dói! E eu repito pois ainda não me acostumei, mas o que fazer?!

 Numa noite tinha você a meu lado e tudo que pareciam promessas  evaporaram em silêncio.

E em seguida, estava eu sem você, mas tão cheia de mim, tão cheia do que dizer que por fim transbordei.  

 Essa vida é mesmo uma cena teatral escrita a lápis, agora eu vejo.

 Tudo muda a todo momento, e assim como a chuva fez-me lembrar de você ontem.

 Hoje a ponta de sol que surgiu fez-me te esquecer.


 Desilusão de amor é isso mesmo.

 Ser fraco à noite e se recompor ao nascer do dia. 

Ser forte o tempo todo já seria hipocrisia!

Se chegares a ver, perdoa-me expor, mas há em mim uma fusão de palavras, algo forte para ser posto fora.

 É o que sei sentir.

 E isso, bem ou mal não se controla até se tornar palavra.   

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

                    O meio que expressa o inicio

             Na vida que acaba de se iniciar, a mim existem possibilidades, amores, dores,  saudades. Muito a se fazer!

       E por isso, faço desta vida um livro, em que Deus me guia no que escrever.
     
      Sinto-me pássaro novo nesse mundo, cheia de coisas para ver, sentir, fazer.
     
      E, quem sabe, ensinar. Então aqui coloco o verdadeiro de tudo, do ontem, do hoje e se  possível do amanhã.

     Pode ser que surjam contos felizes, mas nem sempre assim, há de haver os que fazem    chorar.

    E há quem veja, assim como eu, vantagem nos altos e baixos da vida.

    Se cabe a mim algo sincero a dizer, isto é que aprendi a ver coisa boa em tudo!
   
    E não somente isso, aprendi que meus erros são o mais próximo que chego da perfeição.

   O aprendizado tornou-se para mim a última frase de uma fábula, o fim de uma tempestade que vem trazendo um belo e esperançoso arco-íris, e a luz a quem já se considera escravo do escuro.

   Afinal, o importante é o que se adquire durante a experiência, pois no fim, só nos resta história para contar.

  
  E eu possuo a certeza de que terei muito a compartilhar. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Tornei-me cega quando...

        Me pergunto insistentemente quando foi que me tornei cega!

E por favor, antes de tudo. 

Estou falando de quando passei a somente ver, e você, por sua vez há de me entender quando me refiro ao “ver”. 

Todos os dias, incansavelmente repetimos o ato de ver, mas somente isso. 

Somos capazes de ver tudo! 

Os moradores de rua na calçada, mais um noticiário sangrento, amantes, filhos, pais, somos capazes de ver tudo, mas nada enxergamos.

   É claro que assim eu pareço louca, como pode-se ver, e não enxergar?!

       Mas, eis aqui minha resposta; interna, e, sobretudo, conclusão pessoal. 

Vejo tudo, e pouco enxergo, afinal, enxergar é o que se vai além dos olhos, é o que vem depois que se vê, é como a concepção final de algo. 

Posso ver todos os dias minha família, meu cachorro, meu amor, mas se não parar para enxerga-los e entende-los, não passa de um olhar.   

      Diga que me entende, é mais intrigante do que parece.

 Muitas vezes, nós, seres humanos cheios de inseguranças, pressa e problemas pessoais, chegamos ao estágio da cegueira, e ela sim, meu amigo

É o abismo!

      Tornei-me cega quando enxerguei apenas o que fiz pelas pessoas, ignorando o que fazem diariamente por mim, coisas que, eu mesma não seria capaz de fazer.

 Tornei-me cega quando fiz pouco caso ao que sentia, e fingi não sentir nada.

      Tornei-me cega quando não soube o que dizer, e calei-me diante da decisão que poderia mudar a minha vida.

 E a cura para essa cegueira, me desculpe, mas não está no supermercado

Muito menos na farmácia mais próxima! 

sinto dizer que essa cura só é obtida quando se é capaz de enxergar o que habita dentro de si.

E quando tornar isso possível, assim como eu tornei hoje.

Irás deixar de ver, e passara a enxergar tudo que estava perdido a seu redor. 

Nós só nos tornamos cegos quando deixamos a vida passar diante de nossos próprios olhos.

Porque ela passa e não pede licença!

   E a nossa pressa constante não a compensa. 

Mas, acima de tudo.

 Nos tornamos cegos quando nos limitamos aos sentimentos mais sublimes.

Quando decidimos dizer à nos mesmos que não devemos sentir. 

Mas devemos! 

Hoje eu descobri que ver, era o que tornava um cego.