domingo, 6 de novembro de 2016

             A criança 


   Como é nobre a inocência de uma criança.

    Quisera eu poder voltar no tempo!
 
     Apenas alguns anos, um momento!

    Que saudade de ser feliz e não ter a consciência disso.

    Somente rir e correr, correr mais!

   Talvez trouxesse paz brincar.

    Apanhar a bola e continuar.

   Belo movimento! O passar da tarde é lento.

  Que o som de risadas seja atento.

  Atento ao que não volta.

   Mais fácil é trancar a porta para a criança que se foi.

 Não tranco quem um dia correu, bricou, caiu e levantou.

Mas essa criança se foi com o tempo.

O tempo levou a criança mais bela de nós.

Tornou-nos adultos, apressados e sós.

 A criança sonha em ser crescido.

 Ah, pequeno! Crescente é a minha vontade de voltar a ser como tu é.

  Livre para brincar, correr, amar.

  Amar do modo mais simples, como deve mesmo ser!

  Qual a graça em crescer?

  Não há graça, veja isto em você!

  Sorria para tua infância, ela encanta aos adultos.

  Perceba o quanto olham para ti, criança que brinca e sorri.

 Ser criança é ser livre, a inconsciência grita.

 Quanto mais crescido mais sente-se preso.

Quanto menor, maior o medo!

Medo? Sim! Medo dos monstros em baixo da cama.

Medo do fim da brincadeira, quando a mãe o chama para jantar.

Já tive esse medo, e hoje, só se compara ao medo de pensar.

Se eu fosse criança de novo, teria medo de ser grande, amadurecer.

Correria mais ainda, brincaria até não mais poder.

A parte mais bonita da vida vem antes de crescer.




Nenhum comentário:

Postar um comentário